ATA DA DÉCIMA QUARTA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 21-10-2013.

 


Aos vinte e um dias do mês de outubro do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quinze horas e sete minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Any Ortiz, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Derly, Jussara Cony, Luiza Neves, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Professor Garcia, Sofia Cavedon e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Dr. Thiago, Engº Comassetto, João Carlos Nedel, Mario Fraga, Mônica Leal, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Airto Ferronato, solicitando Licença para Tratamento de Saúde do dia de hoje ao dia vinte e três de outubro do corrente. Também, foi apregoado o Memorando nº 066/13, de autoria da vereadora Lourdes Sprenger, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, hoje, em evento do curso de Ciência Política da Faculdade América Latina, no Município de Caxias do Sul – RS. Após, foram apregoados os seguintes Ofícios, do senhor Prefeito: nº 1273/13, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 041/13 (Processo nº 3024/13), e nº 1278/13, informando que se ausentará do Município das sete horas e dezoito minutos às vinte e duas horas e cinquenta e oito minutos de amanhã, quando participará da cerimônia da sanção da Lei que institui o Programa Mais Médicos, a ser realizada em Brasília – DF. Em continuidade, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso do Dia do Cirurgião-Dentista e da Semana de Saúde Bucal, nos termos do Requerimento nº 180/13 (Processo nº 2888/13), de autoria da Mesa Diretora. Compuseram a MESA: os vereadores Waldir Canal e Mario Manfro, respectivamente 2º Vice-Presidente e 1º Secretário da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos; o senhor Andrew Lemos Pacheco, Presidente do Sindicato dos Odontologistas no Estado do Rio Grande do Sul; o senhor Bernardo Godolphim, Coordenador do Comitê das Entidades Odontológicas; e a senhora Lina Eda Martinelli Santayana de Lima, Presidenta da Associação Brasileira de Odontologia. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Mario Manfro, Márcio Bins Ely, este em tempo cedido pelo vereador Dr. Thiago, Jussara Cony, em tempo cedido pela vereadora Séfora Mota, e Fernanda Melchionna, em tempo cedida pela vereadora Luiza Neves. Em COMUNICAÇÕE DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Mario Manfro. Na ocasião, o senhor Presidente concedeu a palavra ao senhor Andrew Lemos Pacheco, que divulgou a programação da 2ª Semana Estadual de Promoção de Saúde Bucal e da 3ª Semana Municipal de Saúde Bucal. Às quinze horas e cinquenta e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e cinquenta e sete minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Sofia Cavedon, Alceu Brasinha, Mauro Pinheiro, Idenir Cecchim, Márcio Bins Ely, Tarciso Flecha Negra, Jussara Cony, Pedro Ruas e Reginaldo Pujol. Em COMUNICAÇÕES, pronunciou-se o vereador Professor Garcia. Em TEMPO DE PRESIDENTE, pronunciou-se o vereador Dr. Thiago. A seguir, por solicitação do vereador Pedro Ruas, foi efetuado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao senhor Josué Drewanz, falecido no dia dezenove de outubro do corrente. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, estiveram o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 006/13, discutido pelo vereador Márcio Bins Ely, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos 034 e 029/13, este discutido pela vereadora Sofia Cavedon, os Projetos de Lei do Legislativo nos 005, 187, 276, 318, 338, e 251/13, este discutido pelo vereador Márcio Bins Ely, o Projeto de Lei do Executivo nº 039/13, discutido pelos vereadores Márcio Bins Ely e Dr. Thiago, os Projetos de Resolução nos 017 e 044/13. Ainda, o vereador Reginaldo Pujol pronunciou-se durante o período de Pauta. Às dezessete horas e trinta e dois minutos, constatada a inexistência de quórum, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Thiago, Bernardino Vendruscolo, Waldir Canal e Mario Manfro e pelas vereadoras Sofia Cavedon e Luiza Neves e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Airto Ferronato, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no período de 21 a 23 de outubro de 2013.

Apregoo Memorando nº 66, de 11 de setembro de 2013, de autoria da Ver.ª Lourdes Sprenger, que solicita representar esta Casa para proferir a palestra Políticas Públicas e Direito dos Animais, dia 21/10/2013, a convite da Faculdade América Latina - Curso de Ciência Política, na cidade de Caxias do Sul, conforme Ofício DFAL 37-2013, que segue em anexo.

Apregoo Ofício nº 1278/13-GP, do Sr. Prefeito Municipal, com o seguinte teor (Lê.): “Senhor Presidente: Cumprimentando-o cordialmente, comunico a Vossa Excelência e demais Edis, conforme prevê a Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, que me ausentarei do Município das 07h18min às 22h58min do dia 22 de outubro de 2013, para participar, em Brasília, da Cerimônia de Sanção da Lei que institui o Programa Mais Médicos, pela Exma. Sra. Presidenta da República, Dilma Rousseff, às 11h. Na sequência, às 12h, encontro com o Presidente do Senado, Renan Calheiros e, ainda, à tarde, às 16h, cumpro agenda com o Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Henrique Alves. O ônus para o Executivo será de uma passagem aérea para o trecho POA/BSB/POA e a cessão de meia diária. Registro, por oportuno, que o Senhor Vice-Prefeito, Sebastião Melo, responderá pelo Executivo na minha ausência. Atenciosamente, José Fortunati”.

Passamos às

COMUNICAÇÕES

 

Hoje, este período é destinado a homenagear o Dia do Cirurgião-Dentista e a Semana da Saúde Bucal, nos termos do Requerimento nº 180/13, de autoria da Mesa Diretora, Processo nº 2888/13.

Convidamos para compor a Mesa: o Sr. Andrew Lemos Pacheco, Presidente do Sindicato dos Odontologistas no Estado do Rio Grande do Sul; o Sr. Bernardo Godolphim, Coordenador do Comitê das Entidades Odontológicas, e a Sra. Lina Eda Martinelli Santayana de Lima, Presidente da Associação Brasileira de Odontologia.

 

(O Ver. Waldir Canal assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Waldir Canal): O Ver. Mario Manfro está com a palavra em Comunicações e, depois, prossegue em Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO MANFRO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Antes de iniciar meu pronunciamento, eu gostaria de, em primeiro lugar, agradecer a todos os membros da Mesa Diretora, que aprovaram o Requerimento que eu fiz. Eu, como Vereador, já não tinha o direito de requerer novo período de Comunicação, pois já tinha esgotado aquele número que eu podia solicitar. A Mesa Diretora, então, fê-lo em seu nome. Agradeço a toda a Mesa Diretora e a todos os Vereadores que, por unanimidade, concordaram em homenagear a odontologia.

Eu vou me permitir ler porque tem alguns dados numéricos aqui que, realmente, eu não conseguiria guardar de memória. Não é novidade estarmos aqui, nesta Casa, falando sobre a desvalorização da odontologia no Brasil. O fato é que o assunto ainda é tratado como secundário pela saúde pública. Infelizmente, a odontologia, erroneamente, é muito ligada à ideia de estética, e não de saúde. Manter a cavidade bucal saudável é muito importante não só para a aparência, mas para a saúde de um modo geral. Além das doenças que podem ocorrer na boca, ela também pode tornar-se uma porta de entrada para diversos outros males. Porto Alegre, para se ter uma ideia, tem hoje uma população de 1.409.938 pessoas, e o número de profissionais atuando na rede de atenção em saúde bucal totaliza 178 cirurgiões-dentistas, 105 auxiliares de saúde bucal e 30 técnicos de saúde bucal. Com esse número de profissionais, as unidades se responsabilizam por um quantitativo de 140 mil pessoas, ou seja, 9,9% da população de Porto Alegre. Seria aproximadamente um profissional para cada dez mil pessoas – 9.890, para ser mais exato –, enquanto a Organização Mundial de Saúde preconiza a relação de um profissional para cada 1.500 habitantes. É inegável a necessidade do aumento desse efetivo, além da valorização dos profissionais que atuam junto à rede. Se isso não ocorrer, a saúde bucal pública está fadada ao fracasso. Hoje a Secretaria Municipal de Saúde conta com o serviço dos Centros de Especialidades Odontológicas, mas os concursos públicos realizados contemplam apenas cirurgiões-dentistas, generalistas; os dentistas especialistas acabam sendo deslocados para exercer essas funções sem receber um salário compatível com a atividade. A introdução de serviços especializados na área da saúde bucal é um grande desafio na administração pública devido à grande demanda reprimida da população carente de um serviço especializado. Durante muito tempo, os serviços públicos têm andado na contramão do desenvolvimento científico na saúde. Na odontologia pública, há muitos anos, tem permanecido a característica mutiladora: o paciente só chega ao atendimento quando a dor atingiu níveis incômodos, insuportáveis, eu diria, e a solução mais rápida e mais cômoda acaba sendo a extração do dente.

A mudança de conceitos é gradual, mas deve ser revertida cada vez mais. Com a aplicação dos centros odontológicos, mudamos também a mentalidade dos pacientes e da administração pública, ampliando o acesso e a procura por tratamentos preventivos e curativos. Como fazer isso sem a contratação e a dedicação de especialistas? Infelizmente, a saúde bucal tem sido deixada de lado nas administrações. Porto Alegre será inovadora se investir nesse sentido, com a devida valorização dos profissionais em suas especialidades. A maior beneficiada, sem dúvida nenhuma, será a população, que terá mais agilidade e qualidade no atendimento. Sem atendimento adequado no serviço público, a população precisa procurar atendimento privado. O que temos assistido é que os odontologistas têm enfrentado uma série de problemas com relação aos planos odontológicos. A categoria optou por suspender atendimentos a diversos planos na próxima sexta-feira, dia 25 de outubro, Dia do Cirurgião-Dentista. A ação faz parte da luta em busca de melhores condições de trabalho e valorização dos procedimentos pagos aos cirurgiões-dentistas, apresentando propostas e reivindicações aos planos de saúde e registrando a luta nacional em favor da qualidade para a odontologia e dignidade para os profissionais dentistas. Quem sofre, ao final das contas, são os próprios pacientes, e toda essa mobilização nos serve de alerta.

A Comissão Nacional de Convênios e Credenciamentos e a Comissão Estadual de Convênios e Credenciamentos do Rio Grande do Sul, com apoio das entidades nacionais e estaduais, convocaram os cirurgiões-dentistas para a 5ª Paralisação, Protesto e Manifestação Nacional contra os Abusos e as Ilegalidades das Operadoras de Planos Odontológicos. Eu pediria, se fosse possível, que a câmera focasse aqui este panfleto. (Mostra panfleto.) Ele será distribuído à população para que haja conscientização de que quem sai perdendo, ao fim e ao cabo, não é apenas o cirurgião-dentista, mas também e, principalmente, a população, que vai ser atendida por alguém que não está sendo bem remunerado.

Muitas operadoras não pagam os valores condizentes pelos serviços dentários, apresentam negativas de cobertura e pedem raios x desnecessários para comprovar procedimentos, colocando em risco a própria saúde da população. O que está em jogo aqui é, acima de tudo, a própria saúde.

Acredito que possa falar em nome de todos os Vereadores, que têm demonstrado, sempre, apoio nas diversas manifestações da categoria nesta Casa. Sem dúvida, estamos juntos nesta luta. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

(O Ver. Mario Manfro reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Sr. Andrew Lemos Pacheco, Presidente do Sindicato dos Odontologistas no Estado do Rio Grande do Sul, está com a palavra.

 

O SR. ANDREW LEMOS PACHECO: Boa-tarde a todos. Saúdo o Sr. Presidente desta Sessão, Ver. Mario Manfro; demais Vereadores, componentes da Mesa, os senhores e as senhoras. É com muito orgulho que subimos hoje, mais uma vez, a esta tribuna, agradecendo imensamente o espaço que tem sido destinado por esta Casa, em especial ao nosso colega dentista, Ver. Mario Manfro, e à nossa categoria. Nós, cirurgiões-dentistas, representados aqui pelo comitê das entidades de classe odontológica, ABO-Seção Rio Grande do Sul, e a mim, como Presidente do Sindicato dos Odontologistas do Estado do Rio Grande do Sul, estamos aqui, mais uma vez, para marcar a programação da 12ª Semana Estadual de Promoção de Saúde Bucal e a 3ª Semana Municipal de Saúde Bucal de Porto Alegre. Começou no dia 20 e vai até o dia 26 de outubro. E, mais uma vez, nesta Casa, reiteramos aqui o nosso compromisso ético com a população de Porto Alegre e todo o Estado do Rio Grande do Sul e fazemos esse manifesto em busca de apoio em favor da luta pela valorização profissional da saúde bucal.

Neste ano, os eventos focam o tema valorização e qualificação da saúde bucal. Apresentamos à população e aos Vereadores nossa preocupação com relação aos rumos em que a Odontologia tem sido levada. Medidas urgentes precisam ser tomadas para não agravar ainda mais a situação que vem atingindo um setor tão importante quanto o da assistência odontológica. Esperamos respostas e comprometimento no sentido de buscar solução para esses problemas. Com o comprometimento dos senhores, certamente poderemos caminhar juntos por uma redução de desigualdades e pela promoção do acesso universal aos serviços públicos e privados de saúde bucal, além de condições dignas de trabalho para os cirurgiões-dentistas. Usamos este espaço para alertar que é urgente a necessidade de investimentos públicos na área de saúde bucal em nosso Município, além de promoção de serviços relacionados à prevenção. Porto Alegre precisa acabar com as filas de espera por consultas e estender o serviço da área odontológica em suas diversas especialidades.

Em reunião realizada com as entidades de Odontologia e a comissão dos municipários, no último dia 24 de julho, o Prefeito Fortunati, alegando medidas restritivas com contingenciamento de políticas públicas na Cidade, anunciou que está impedido de tomar iniciativas para a saúde bucal. Em nossa opinião e pelo bem da própria população, a saúde bucal não pode ser deixada de lado. Entendemos e somos parceiros nessa construção. Entretanto, precisamos estabelecer uma política pública de saúde bucal mais eficiente e para isso é necessário investimento. O que vemos diariamente é a falta de acesso da população a um serviço tão essencial. Se o cobertor é curto, precisamos adequá-lo às necessidades. O certo é que, na falta da saúde pública, parte da população com condições financeiras opta pelo atendimento privado, imaginando que nele esteja a solução e a qualidade necessária. Como agentes públicos, buscamos o apoio dos senhores em outras ações que ultrapassam as atribuições do Município, mas que precisam ser descritas e colocadas em pauta nas instituições públicas. No dia 25, haverá uma manifestação pública com o título “A população merece uma odontologia de qualidade! Não à exploração abusiva dos planos odontológicos!”, em frente ao Mercado Público, no Largo Glênio Peres, das 11 às 14h. Contamos com a participação de todos nessa luta. No dia do cirurgião dentista, haverá a paralisação nacional do atendimento aos planos odontológicos. A Comissão Nacional de Convênios e Credenciamentos e a Comissão Estadual de Convênios e Credenciamentos do Rio Grande do Sul, com apoio das entidades nacionais e estaduais, promovem esse movimento para sensibilizar os colegas e a sociedade sobre a grave situação do mercado de planos odontológicos. Estamos tentando construir um movimento sistemático e permanente de mobilização, para que a população tome conhecimento dos problemas e os profissionais estejam engajados em lutar por um patamar digno e justo para todos. Muitos têm sido os problemas apresentados por operadoras de planos odontológicos. Empresas que, através de cláusulas contratuais em desacordo com as normas da ANS, submetem cirurgiões dentistas a penalidades, como restrição de atendimento profissional, e repassam valores ínfimos pelos procedimentos. Existem contratos que contam ainda com a negativa de cobertura. Fica claro e evidente que essas empresas, através de seu contrato com o profissional, colocam o paciente em uma situação de falta de atendimento qualificado. O mercado de planos de saúde no Brasil encerrou o ano passado com um faturamento de R$ 83,4 bilhões, o que representa uma alta de 11,7% quando comparado ao desempenho de 2010, segundo os dados da própria ANS. O número de pessoas com convênio médico aumentou 4,3%, atingindo 47,6 milhões em dezembro. O setor de saúde privada terminou o ano com 1.600 operadores de planos de saúde, e os três maiores grupos de saúde - Amil, Bradesco Saúde e Intermédica - possuem aproximadamente 13 milhões de clientes, ou seja, quase um terço dos 47,6 milhões de usuários. Ao término da primeira década deste século, a Odontologia brasileira surge como uma das mais importantes no cenário mundial. Com mais de 227 mil cirurgiões-dentistas inscritos nos conselhos de Odontologia, o País dispõe de 188 cursos de formação. O complexo odontológico industrial é pujante, com predomínio de empresas com maior aporte de capital nacional no setor que respondem pela produção de equipamentos de ponta. Como explicar o aviltamento a que essas empresas submetem os cirurgiões-dentistas? Há 478 empresas operadoras de planos de saúde exclusivamente odontológicos em atividade; destas, 340 são de odontologia de grupo e apenas 138 em cooperativas odontológicas. A maior operadora detém 17% dos beneficiários, as oito maiores operadoras detêm 51% do total de beneficiários. Esse mercado potencial é objeto de várias projeções por parte do segmento empresarial. O Sinog estima que os planos odontológicos possam beneficiar mais de 40 milhões de usuários nos próximos cinco anos. Entretanto, para um País com 191 milhões de habitantes, ficam evidentes as limitações desse mercado para prover assistência odontológica para todos os brasileiros. Isso reforça a necessidade de dar continuidade e expandir os projetos referentes à saúde bucal e, sobretudo, envolver ativamente as esferas estaduais e municipais na indispensável ampliação dos serviços públicos. Com o crescimento do mercado, precisamos de uma legislação eficiente. Buscamos aqui auxílio na luta para que a ANS possa assumir o seu papel legítimo de espaço de regulação entre empresas, profissionais e a população para evitar distorções que penalizam, sobretudo, o paciente. Precisam ser regulamentadas a defasagem, os honorários, as restituições de atendimentos e os descredenciamentos unilaterais. Depois de várias reuniões realizadas junto à ANS, aqui no Rio Grande do sul, o nosso Sindicato oficializou, através de documento, a proposta de alteração da legislação vigente pretendendo igualar as resoluções que regem os planos de saúde e os planos odontológicos. Atentos ao futuro e à qualidade do exercício da Odontologia buscamos ainda aprofundar as medidas para coibir a abertura indiscriminada de novos cursos universitários. Por fim, preocupados com o contexto da saúde bucal em nosso País, Estado e Município, esperamos alertar os agentes públicos sobre os problemas referentes ao exercício da profissão e o atendimento final à população. Nós, cirurgiões-dentistas, buscamos em Vossas Excelências o comprometimento na busca de ações de valorização para a saúde bucal e na defesa da nossa categoria, lembrando sempre o nosso lema: “Só existe saúde integral com saúde na boca”. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Dr. Thiago.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro, na pessoa de V. Exa. quero cumprimentar os demais Vereadores e Vereadoras, em especial o Sr. Andrew Lemos Pacheco, Presidente do Sindicato de Odontologia do Estado do Rio Grande do Sul; o Sr. Bernardo Godolphin, Coordenador do Comitê das Entidades Odontológicas; a Sra. Lina Martinelli de Lima, Presidente da ABO/RS; na extensão de Mesa cumprimentar o público que nos assiste nas galerias, na TVCâmara, senhoras e senhores. Quero aqui inicialmente agradecer ao Presidente da Casa, Ver. Dr. Thiago, que cede o seu tempo. Faço esta manifestação em nome da Bancada do meu Partido, o PDT, integrada nesta Casa pelos Vereadores Delegado Cleiton, Luiza Neves, Mario Fraga e Nereu D’Avila e Ver. Dr. Thiago.

Quero também fazer um registro a esta justa homenagem que presta a Casa, através da Mesa Diretora, como já foi dito pelo Ver. Mario Manfro, mas dizer também um pouquinho da relação que tenho pessoalmente com esta pauta - e o Ver. Mario Manfro não me deixa mentir aqui.

Na última Legislatura, eu também havia proposto a criação da Semana da Saúde Bucal e do Cirurgião-Dentista, mas achei importante declinar, e construímos a quatro mãos essa homenagem, porque acabamos por eleger um Vereador dentista e entendemos mais oportuno então que fosse proposto por ele esse registro, que acho importante e necessário. Quero dizer que fiz um projeto de lei que é o Criança Sorridente, que também vem no sentido de um atendimento preventivo na rede estudantil municipal para que nós também possamos estar atuando. A gente sabe que a prevenção à saúde bucal muito se fundamenta nos princípios da prevenção; é muito mais fácil prevenir do que depois remediar, e me corrijam aqui os dentistas se eu estiver errado.

Perdi um amigo querido, o Sérgio Poli, a quem presto uma homenagem desta tribuna também, que, depois de um tratamento de canal, a bactéria desceu para o coração e ele acabou por vir a óbito. Às vezes as pessoas não têm a compreensão da importância que é ter uma boa saúde bucal, desde ensinar uma criança a passar o fio dental, porque a escova tem que escovar redondinho, não como um esfregão, para não perder a gengiva. Tudo isso acho que tem que ser ensinado na escola.

A gente sabe que o Brasil tem um consumo violento de açúcar por número de habitantes, então tudo que for feito nesta Casa no sentido de respaldar políticas públicas que possam implementar e melhorar a qualidade do serviço na área de Odontologia na Cidade, e que venha aqui também a enaltecer o trabalho do cirurgião-dentista, vai ter apoio da Bancada do PDT.

 

O Sr. Delegado Cleiton: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Márcio, Sr. Presidente e senhores homenageados da Mesa, é com base no que o colega está falando e com base, inclusive, no luto pelo seu amigo que propomos aqui que seja instituído o programa pré-natal odontológico no Município de Porto Alegre para o tratamento preventivo da saúde bucal no período gestacional, até por entender da importância desse trabalho e desse profissional nessa área da saúde. Então, teve o apoio do meu colega Ver. Manfro, e é com muita honra que estou fazendo esse indicativo ao Prefeito Municipal para que seja instituído em todas as áreas de saúde do Município.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Obrigado, Ver. Delegado Cleiton. Restam-me poucos segundos, mas eu gostaria de dizer que, conforme as gerações vão passando, a questão odontológica vai se aperfeiçoando. As gerações que nos antecederam, quando vinha a dor de dente, arrancavam o dente. A minha geração tem muitas obturações; o meu irmão, que é 12 anos mais novo do que eu, não tem obturação na boca, Vereador! Então, nesse sentido, a gente tem que fomentar e divulgar que, talvez a solução para as questões dentais, esteja na prevenção.

Cumprimentos a Vossa Excelência e a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, colaboraram para que hoje, nesta tarde, nesta Sessão, que passa a ser solene, pudéssemos estar aqui fazendo esta homenagem. Concedo um aparte ao nosso sempre Prefeito Villela. O Vereador é amigo.

 

O Sr. Guilherme Socias Villela: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, ilustre Vereador. O Presidente da entidade falou em prevenção odontológica, e eu não vou deixar de passar um registro sobre a fluoretação da água na década de 1970, que levou a Faculdade de Odontologia a fazer estudos referentes à queda do número de cáries na população jovem de Porto Alegre. Por que digo isso? Porque, na ocasião, foram ouvidos componentes importantes da classe dos odontólogos e também da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Muito obrigado, Vereador.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Obrigado, Prefeito.

 

O Sr. Paulinho Motorista: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Muito obrigado, Ver. Márcio Bins Ely. Boa-tarde a todos da Mesa, eu quero lhes dar os parabéns, porque a saúde bucal é muito importante para toda a nossa população como o senhor acabou de falar. Eu tenho a experiência de rua de ver pessoas com um problema em um dente, e a bactéria se alastrar pelo corpo todo. Já vi um colega meu assim: eu fui visitar o camarada que estava com a bactéria no dente, e ele teve que fazer uma cirurgia no coração porque a bactéria se espalhou. Eu aprendi com aquilo, conversando com ele. Ele disse assim: “Não, não estou te contando história.” O cara passou mal, quase morreu por uma inflamação no dente.

Sábado, agora, fui visitar um tia que fez uma cirurgia no Hospital de Clínicas e, ao lado dela, estava uma garota que estava baixada devido a uma infecção num dente, e estava lá com soro, com aparelho.

Então, a gente vai aprendendo e tem que dar importância para essa profissão, porque cada vez que dói um dente, principalmente, à noite, a primeira coisa que o cara lembra: “Pô, eu não quero mais nada aqui, eu queria um dentista na minha frente aqui para me ajudar.”

Então, com certeza, podem contar com o nosso apoio, da Bancada do PSB, composta por mim e pelo Ver. Airto Ferronato, sempre que precisarem.

Parabéns ao nosso Mario Manfro, um grande profissional, nosso odonto e colega de trabalho na Câmara Municipal. E parabéns a vocês, que trazem um trabalho maravilhoso para nós, contem sempre conosco, estaremos sempre à disposição. Obrigado, Ver. Márcio Bins Ely, pelo aparte.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Obrigado aos Vereadores que nos apartearam aqui. Fica o nosso registro, então, e os nossos cumprimentos, mais uma vez, por esta iniciativa. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Ver.ª Séfora Mota.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu fiz questão, Sr. Presidente, de vir a esta tribuna como Vereadora, pela Bancada do PCdoB - e quero agradecer à Ver.ª Séfora por esta troca de tempo -, mas também como farmacêutica, como profissional da área de saúde.

E começo - creio que entre nós, os profissionais da área de saúde - por algo muito concreto e que nos unifica, o conceito hipocrático: “Seja o teu alimento o teu remédio; seja o teu remédio o teu alimento”, que identifica os farmacêuticos, os médicos, enfermeiros, profissionais da saúde, odontólogos, porque vocês são profissionais estratégicos para a equipe multidisciplinar, porque o cuidar da saúde oral das pessoas é a garantia da qualidade da saúde integral da população.

Nós tivemos uma reunião na COSMAM, quando recebemos as entidades, presidida pelo Ver. Paulo Brum, e eu sou a Vice-Presidente, que foi muito proveitosa, e com encaminhamentos estratégicos. Hoje é um desdobramento dessa reunião. Naquela reunião, lembro que nomeamos, conferimos a coordenação desse processo ao Ver. Mario Manfro, na condução das justas reivindicações da categoria trazidas à Comissão. Este é o momento de desdobramento. E quero cumprimentar o Ver. Manfro, muito especialmente, exatamente por esta dinâmica que está ocorrendo.

Sem dúvida, é uma das profissões estratégicas para o SUS, para a saúde, para a qualidade de vida e para nossa equipe multidisciplinar. E os senhores enfocam muito bem. Nós temos que entendê-la como uma política pública e, portanto, com uma responsabilidade sob o ponto de vista das transversalidades e uma visão republicana entre União, Estado e Municípios, no sentido de marcos regulatórios e no sentido de ser considerada uma política de estado. E aí é o enfrentamento mesmo, o estado atuando, sendo indutor dessas políticas públicas, entendendo os profissionais de saúde, todos com a garantia de atendimento às suas justas reivindicações salariais, de condições de trabalho, e, também, no enfrentamento às privatizações: as privatizações no setor da saúde, a exploração dos planos, no caso dos senhores, odontológicos, porque é, exatamente, o embate entre o mercado e a política pública, ou seja, é o bem comercial superando o bem social.

E ao trazer a esta Casa este momento, os senhores reafirmam a importância não só da valorização da categoria, mas da implementação do    SUS, e eu traria aqui os CEOs – Centros de Especialidades Odontológicas - como estratégicos no setor público. Tive essa experiência muito valiosa, quando Diretora Superintendente do Grupo Hospitalar Conceição, como um instrumento, como uma ferramenta decisiva para a qualidade de vida, para a saúde integral. Então eu tenho muita honra de homenageá-los e de estar presente nessa luta. Sem dúvida, os senhores falam em algo que eu acho fundamental, que é o Complexo Industrial Nacional, na área de odontologia, de capital nacional, que eu ligaria com o Complexo Industrial da Saúde, como um todo, lançado na segunda etapa do Governo Lula, do qual participei, como Diretora-Superintendente do Grupo Hospitalar Conceição, pelo Ministro Temporão. Foi decisivo, sob o ponto de vista do desenvolvimento da ciência e da tecnologia. A área da saúde contribui, como um todo, em 8%; e quanto a odontologia contribui para o PIB nacional, para a geração de empregos, para o desenvolvimento de ciência e tecnologia?

Quero finalizar convidando-os para amanhã, inclusive a todos os meus colegas – não é, Ver. Mario Manfro? –, para o nosso Seminário Saúde, um bem que se quer. Já teve o momento em que nós lançamos o seminário, atuando em duas questões – na análise dos 25 anos do SUS e no Saúde+10, que são os 10% do Orçamento da União para a saúde -, e, amanhã, nós vamos iniciar o primeiro seminário. A temática é exatamente a atenção primária da saúde, a porta de entrada para a saúde de qualidade, com a presença do Ministério da Saúde, do Estado, da Prefeitura, do controle social.

Eu faço uma analogia, ao finalizar, homenageando a categoria dos colegas da área da saúde. Se a porta de entrada para a saúde de qualidade é a nossa atenção primária, a porta de entrada para a qualidade de vida das pessoas é exatamente a que a profissão dos senhores e das senhoras nos garante, numa equipe disciplinar, com uma visão estratégica, de que um povo com saúde é um povo que tem condições para contribuir com o desenvolvimento do País. Nós precisamos de saúde integral, de todas as 14 profissões de saúde, de respeito, da garantia dos nossos direitos, porque é assim que nós estaremos contribuindo também para o desenvolvimento do Brasil. Sem qualidade de vida, não há desenvolvimento! Parabéns e obrigada por nos brindarem com o conhecimento e com a perspectiva de termos um trabalho conjunto para garantir os direitos da categoria e os direitos do povo brasileiro.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Ver.ª Luiza Neves.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Na verdade, gostaria de cumprimentar, na tarde de hoje, pela Homenagem ao Dia do Cirurgião Dentista e à Semana da Saúde Bucal, dentro da perspectiva, da luta pela saúde pública, da luta pelo resgate que preconiza o Sistema Único de Saúde, uma conquista durante o período de mobilização dos profissionais da área da saúde no final da década de 80, quando conquistaram essa importante legislação que criou o SUS no nosso País. Por outro lado, ao mesmo tempo em que foram criados os primeiros governos neoliberais, trataram de ir desmontando pelas beiradas. Isso é muito importante quando nós estamos tratando daquilo que as entidades da área da odontologia chamam da mercantilização da saúde e desta facilitação...E digo mais, eu acho que facilitação não é a palavra correta, mas esta prática de empurrar as pessoas aos planos de saúde privados, diante do caos da saúde pública. As pessoas sentem medo diante da falta de atendimento e da demora no Sistema Único de Saúde e buscam nos planos privados, as respostas para um atendimento mais rápido, diante das situações de problemas de saúde, problemas dos mais variados, como os odontológicos, nutricionais, fisioterapêuticos. Na verdade, no Brasil, a quinta maior causa de reclamação é que os Planos de Saúde não oferecem aquilo que a população contrata e paga às duras penas. Então, por um lado, o Estado deixa de tributar determinados planos privados, a tributação é muito baixa. Os lucros, pelo que eu vi, estão estimados em 95 bilhões em 2012 para o setor dos planos privados. A população não tem o atendimento de qualidade, e, quando precisa de um atendimento de maior complexidade, é o SUS que garante, não tem o ressarcimento do Estado para esses procedimentos que foram feitos. Apesar das pessoas pagaram o plano privado, não existe esse ressarcimento; por outro lado, profissionais da área da saúde são desrespeitados, seja pelas baixas tabelas, seja pela tentativa de interferência sobre os procedimentos dos odontólogos, dos médicos, dos fisioterapeutas, porque na verdade existe uma tentativa dos planos de cercear o que deveria ser recomendado por esses profissionais, tanto no que diz respeito a exames como a procedimentos para, na prática, gastar menos. Então, tratar a saúde como uma mercadoria é na verdade inaceitável. E as agências de regulação... Até o dia 3 de outubro, a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, que regula os planos privados, era comandada, pasmem, por alguém que trabalhava para os planos privados nos anos anteriores, o Sr. Elano Figueiredo, que foi obrigado a renunciar graças à pressão das categorias, das lutas dos defensores da saúde pública e daqueles que trouxeram essa vergonha a público, porque é a “raposa cuidando do galinheiro”. Se tu tens um advogado na ANS, que deveria regular os planos privados, que vem dos planos privados, é um risco. Em contrapartida nós temos vários profissionais concursados, dentro das agências, que querem cumprir o seu dever, e que a legislação, muitas vezes, impede, porque precisa esperar, de três em três meses, para proibir a suspensão da venda de planos de saúde, porque as multas não são cobradas daqueles planos que burlam a população, que desrespeitam os trabalhadores e que, ao mesmo tempo, nós não temos controle social. Vocês acreditam que, apesar dessa prática de privatizar a saúde pública, os planos de saúde privado sequer têm regulamentado por lei a taxa de lucros máxima permitida? Não é uma vergonha? É a farra da privatização do atendimento da nossa saúde. E eu quero concordar com a campanha do Sindicato em relação ao desrespeito aos profissionais, deixando o nosso registro na condição de Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, em que tratamos sobre esse tema dos planos de saúde privados, e estamos chocados diante dos vários casos que ocorrem em nosso Brasil. Queremos que haja um termo de cooperação, em Porto Alegre, buscando que cada hospital público e privado tenham registrado se a pessoa, de fato, tem algum plano de saúde, para que haja controle, uma porta para que o Estado busque o ressarcimento desses recursos para investimento na saúde pública, mas é um passo muito pequeno diante dessas situações dramáticas de mercantilização da saúde que o nosso País vive.

 

O Sr. Engº Comassetto: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Obrigado, Ver.ª Fernanda. Quero cumprimentar, além do nosso Vereador, que representa aqui a categoria, as entidades dos odontólogos do Rio Grande do Sul e do Brasil aqui presentes.

Vejo essa faixa grande, aqui na frente, contra a terceirização da saúde. Na gestão passada, nós fizemos um grande embate e debate, aqui nesta Casa, quando veio a proposta do dito instituto de saúde de Porto Alegre. As nossas Bancadas fizeram uma proposta no sentido de que o instituto deveria ser público e de caráter público. Perdemos, bom, e até hoje não foi instituído. Esse é um debate, aproveitando aqui o aparte que me foi concedido pela Ver.ª Fernanda. Para nós está em aberto, nós temos que retomar esse debate. Muito obrigado. Um grande abraço.

A Sra. Any Ortiz: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Cumprimento o Ver. Mario Manfro e, em nome dele, todos os representantes das categorias. Só venho acrescentar, Ver.ª Fernanda, porque sou absolutamente a favor do que estás colocando, a respeito também dos planos de saúde. Nós tivemos um debate muito importante na nossa Comissão, da qual és a Presidente e eu sou a Vice-Presidente, da CEDECONDH, sobre colocar os dentistas junto à questão dos planos de saúde. É muito importante trazer esse debate para dentro desta Casa. E a privatização da saúde, tanto na questão de consultas a médicos, exames, como na questão da saúde bucal, fundamental para todos nós, porque a saúde da boca influencia muito no resto do corpo, todos sabem. Parabéns, Ver.ª Fernanda, foi muito bem colocado, só vim reforçar e dizer que vocês têm o apoio do PPS nessa luta. Muito obrigada.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Ver.ª Any, nossa Vice-Presidente, que participou ativamente da reunião da semana passada.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Fernanda, eu agradeço e, com a objetividade que a circunstância determina, eu quero integrar o Democratas nas homenagens que são feitas hoje ao Dia do Cirurgião-Dentista e à Semana da Saúde Bucal, dizendo que, sem nenhum constrangimento, eu subscreveria todos os pronunciamentos que já ocorreram, enaltecendo a categoria, a sua relevância, a sua importância social dentro do processo de fazer uma nação de pessoas saudáveis. E ninguém consegue ser saudável se não tiver um bom tratamento bucal que é a base pela qual nos alimentamos. Muito obrigado. Meus cumprimentos à categoria.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Muito obrigada. Quero, mais uma vez, homenageá-los e dizer que contem conosco nessa luta árdua em defesa da saúde bucal pública, gratuita, de qualidade, que respeite os trabalhadores e que forneça à população aquilo que é direito pela Constituição, mas que os governos, via de regra, não cumprem. Parabéns!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h55min.)

 

(O Ver. Bernardino Vendruscolo assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo – às 15h57min): Estão reabertos os trabalhos.

A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que acompanha a TVCâmara, nessa sexta-feira, dia 18 de outubro, o Ministério Público recomendou à Prefeitura de Porto Alegre que não realize obras do Complexo da Arena. Essa recomendação, expedida ao Sr. José Fortunati, diz que se abstenha o Prefeito de executar, com recursos públicos de qualquer esfera, as obras viárias e de mobilidade urbana do empreendimento denominado Complexo Multiuso da Arena do Grêmio-OAS-Novo Humaitá. A recomendação é de que as obras sejam suspensas enquanto não transitarem em julgado as decisões das ações civis públicas ajuizadas pela Promotoria da Justiça e Defesa do Meio Ambiente. As ações tratam sobre o desvio de finalidade e fraude no Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental-EIA-RIMA.

Senhores, fraude no Estudo de Impacto Ambiental e Relatório do Impacto Ambiental, e seguem tramitando. Além disso, há inquérito civil tramitando, em andamento na Promotoria de Justiça do Patrimônio Público, que apura ocorrência de atos de improbidade administrativa pela injustificada desoneração do empreendedor OAS Sociedade Anônima de obrigações que assumiu para a obtenção de licenciamento ambiental para o empreendimento, com grandes prejuízos aos cofres públicos.

Eu vou, mais uma vez, repetir, porque, como eu disse tantas vezes, e, quando o Ministério Público diz, é importante que se diga aqui, Ver. Mauro Pinheiro: a Promotoria da Justiça do Patrimônio apura a ocorrência de atos de improbidade administrativa pela injustificada desoneração do empreendedor. Injustificada desoneração! A responsabilidade não é da OAS, é do Prefeito desta Cidade e de seus Secretários.

A recomendação aponta que, para a construção do Complexo Multiuso, ficaram estabelecidas medidas mitigatórias e compensatórias apresentadas e apreciadas pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente e pela Comissão de Análise Urbanística e Gerenciamento – a Cauge, e imputam ao empreendedor a responsabilidade por sua execução. Além disso, lembra que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente expediu licença prévia e licença de instalação em favor do empreendimento, sem o pagamento das contrapartidas ao ambiente pala OAS, o que descumpre o art. 5º, II, da Resolução nº 371/06, do Conama. São as duas ações civis públicas que tramitam. O Município ainda expediu licença de operação sem que o empreendedor executasse as medidas mitigadoras ao meio ambiente artificial, circulação e mobilidade urbana, o que não atende as condições impostas pela comissão e são indicadas pela EPTC. Também a Prefeitura aprovou o projeto sem que o empreendedor instalasse a estação de bombeamento de esgotos, conforme exigência técnica do DMAE. A Promotoria de Justiça e o MPC reiteram que a licença prévia foi expedida irregularmente, senhores, para o empreendimento, quando as medidas compensatórias determinavam efetuar a compensação dos impactos negativos sobre o meio ambiente, segundo o Decreto Federal nº 6.848, conforme consta no EIA-RIMA.

Eu não terei tempo para seguir lendo, mas eu recomendaria ao Prefeito que prestasse atenção à recomendação do Ministério Público, porque ele certamente já sabe, Ver. Alceu Brasinha, que ele incorreu em ato de improbidade administrativa, que há duas ações civis públicas tramitando, tamanho o prejuízo ao interesse público da cidade de Porto Alegre, tanto no meio ambiente quanto na compensação viária de responsabilidade do empreendedor. Eu termino dizendo: o Ministério Público reforça que o Município de Porto Alegre firmou Termo de Compromisso com a OAS, assumindo obrigações originalmente da empreendedora. Eu vou ler novamente, Ver. Alceu Brasinha. O Ministério Público afirma que, no Termo de Compromisso que a Prefeitura firmou com a OAS, ela assumiu obrigações originalmente do empreendedor, o que implica prejuízos aos cofres públicos, segundo parecer da Divisão de Assessoramento Técnico do MP. Por fim, a Promotoria de Justiça e o MPC esclarecem que não há informação a respeito de inclusões das obras previstas no Termo de Compromisso no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias ou na Lei Orçamentária do Município, embora a Prefeitura tenha sido requisitada a prestar esclarecimentos por reiteradas vezes nos últimos oito meses.

Então, senhores, eu espero que a Prefeitura não incorra em mais um erro gravíssimo, que penaliza as comunidades em torno da Arena, que penaliza os cofres públicos de Porto Alegre, que penaliza os torcedores do Grêmio, do Inter e de todas as torcidas que vão à Arena. E que penaliza a União, porque o Município foi buscar recursos na União, e o MP diz: “Recursos de nenhuma esfera pública devem substituir as obrigações da OAS”.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Eu peço a colaboração dos colegas para que respeitem o tempo, pois se este Presidente permitir que se passem vários minutos, os demais colegas também me cobram, e com razão. Peço, então, a colaboração dos senhores e das senhoras para que possamos conduzir, com harmonia, o nosso trabalho.

O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, em nome da minha Bancada, dos Vereadores Paulinho Brum, Elizandro Sabino, Cassio “Astrogildo”, nosso Líder, que me permite vir aqui falar, graças a Deus, está tudo no seu lugar, Ver. Mario Fraga! Tudo no seu lugar no esporte: o Grêmio com 53 pontos e o Internacional com 42 pontos. Onze pontos na frente do Internacional!

Eu quero também falar, Ver. Paulinho Brum, que a Ver.ª Sofia Cavedon não larga, em hipótese nenhuma, a Arena do Grêmio! Se dependesse dela, não estaria aberto a torcedor nenhum! Não se enganem com a Ver.ª Sofia, ela sempre foi contra! Sempre contra! Isso que ela é gremista! É um absurdo como a Ver.ª Sofia está sempre botando palavras na boca do Prefeito! Quero dizer a senhora, Ver.ª Sofia, quem sabe algum Vereador de vocês tem a intenção de concorrer a Prefeito? A senhora tem a intenção? Postula esse cargo, Vereadora? Quem sabe a senhora vai fazer um estágio com o Prefeito Fortunati, Vereadora? Ou quem sabe com o Vice-Prefeito Melo também, que tem feito um bom trabalho com o Prefeito Fortunati. E quero lhe dizer, Ver.ª Sofia, que o Prefeito Fortunati tem uma Administração transparente, com qualidade. Basta ver que vocês estiveram 16 anos no poder, 5.844 dias, e nunca fizeram, sequer, Ver.ª Mônica, uma visita à comunidade junto com os Secretários e Vereadores. Nunca! Eu moro há 35 anos nesta Cidade, e um Prefeito do PT nunca apertou a minha mão. Nunca!

Então, Ver.ª Sofia, se a senhora pretende ser candidata, volto a dizer: faça um estágio com o Prefeito Fortunati! A senhora tem tanta saudade do Prefeito Fortunati, que sempre fala no Prefeito.

O Prefeito anda na comunidade - é o projeto Prefeitura na Comunidade, Ver. Cecchim - junto com os seus Secretários - o Secretário Tarso Boelter estava junto, no sábado. E o Prefeito, imediatamente, chamou o Tarso para resolver o problema. Lá estava o DEMHAB, também, para resolver o problema.

Nem o Prefeito Villela que foi o Prefeito que mais plantou árvores nesta Cidade fez esse trabalho na comunidade, não é verdade, Prefeito? E o Prefeito Fortunati tem essa disposição.

 

(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Não estou perdido, Vereadora. A senhora queria que eu falasse do seu governo. O seu governo foi um desastre, nunca fez nada na Cidade. Só deixou quebrada a Cidade! É mentira? Vocês estiveram no governo por 16 anos, e o povo não quis, disse um não para vocês. E aí a senhora vem querer falar do Prefeito Fortunati. O Prefeito Fortunati tem honra, é um cidadão de Porto Alegre, esteve no seu Partido, viu que lá não era certo, veio para outro Partido, ganhou a Prefeitura e está fazendo um bom trabalho.

Eu sempre vou defender o Prefeito Fortunati, porque ele quer transparência neste governo. Nenhum Prefeito desta Cidade quis tanta transparência quanto ele. Tenho certeza absoluta, pelos 65,22%. Isso é que dói no cotovelo da Ver.ª Sofia, todo dia, Ver. Paulinho Brum. Dói todos os dias. É difícil.

Lembro do ano passado, Ver. Cecchim, quando eu falava, aqui nesta tribuna, lá no final de 2011, que tinha uns pré-candidatos a Prefeito; eu já falava, avisava: vão e façam um estágio com o Prefeito Fortunati. Façam um estágio! Vão e façam! Façam! Não fizeram, por isso não ganharam. Talvez, se tivessem feito, poderiam ter ganhado. Eu, por exemplo, fiz um estágio com o Ver. Elói Guimarães, que é nosso vizinho há muito tempo. Fiz um estágio longo com ele e aprendi muito.

Então, falar coisas, falar mal do Prefeito, falar dos Secretários, isso é coisa de outro mundo. Não tem Prefeitura mais transparente. Hoje, os Secretários estão imediatamente atendendo às demandas dos cidadãos, do Vereador que pede, representando a sua comunidade, Ver.ª Sofia. Eu quero dizer a V. Exa., que foi Secretária do Município; V. Exa. foi tudo... E por que não fez? Hoje nós temos a Secretária Cleci, que faz um trabalho excelente lá na Secretaria de Educação; um trabalho de excelência, Vereadores. Um trabalho que, realmente muitas ex-secretárias choram e têm ciúmes da Secretária Cleci, pelo bom trabalho que ela faz. Eu reconheço isso.

Outro: o Secretário da Juventude Luizinho, grande guri, extraordinário, competente, faz um trabalho espetacular lá. Será que vocês não reconhecem? Só vocês não veem? Só vocês? Esta Cidade era cheia de buracos participativos quando vocês mandavam! Cheia de buracos, Ver. Idenir Cecchim, cheia de buracos! E lá veio o Ver. Maurício que acabou com os buracos na cidade; acabou me quebrando, pois eu não vendia mais pneus porque não havia mais buracos na Cidade.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; demais Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste. Ver. Brasinha, a Ver.ª Sofia não precisa de advogado de defesa, mas eu vou falar algumas coisas. Primeiro, ela não está preocupada com a Arena, e tenho certeza de que nenhum dos Vereadores aqui está preocupado com a Arena, quanto à beleza da Arena e quando ao que ela pode produzir para a nossa Cidade. Nós estamos é preocupados com o dinheiro público, Ver. Brasinha. E o Prefeito Fortunati, o Governo, a Prefeitura abriu mão de recursos e de obras no entorno da Arena; obras essenciais, e a Promotoria está avaliando isso. Com isso, sim, estamos preocupados, com o que é feito com o dinheiro público, com obras de contrapartida pela Arena que não foram executadas. Essa é a nossa preocupação, não só da Ver.ª Sofia, mas também minha, e sou solidário ao que a Ver.ª Sofia falou desta tribuna.

Em segundo lugar, esse governo de que o senhor fala de tanta transparência, realmente tem muita transparência; podemos acompanhar isso pela Procempa, pela morte do Secretário Eliseu Santos, estamos acompanhando, agora, o julgamento do ProJovem, Ver. Brasinha. Isso é importante: vai ser julgado um Secretário do Município de Porto Alegre que é réu num processo. Então, essa é a transparência: um secretário que vai ser julgado, outro que foi assassinado, a Procempa que está na situação em que está, com muita gente enrolada, não é, Ver. Tarciso? Porque, ao final, nós vamos saber bem certinho o que aconteceu dentro da Procempa. Esse julgamento, Ver. Cecchim, que presta bastante atenção, a juíza Rosana Broglio Garbin, da 4ª Vara da Fazenda Pública, acatou, Ver.ª Sofia, pedido da Promotoria de Justiça e Defesa do Patrimônio Público, que investigou as irregularidades discutidas na CPI do ProJovem. Este Vereador não aceitou o relatório apresentado, fez um voto separado e apresentou uma série de irregularidades naquela CPI do ProJovem, entre elas a questão da ONG Amavtron, Ver. Pedro Ruas. E dali resultou, daquele voto separado que fiz, apresentando uma série de irregularidades da Amavtron, da Flores & Camargo, da empresa de vídeo e assessoria, de um convênio que foi feito... E sobre esse convênio nós apresentamos um relatório, a Promotora e a Justiça acataram, e são réus: Alexandre de Souza da Silveira, Associação dos Moradores e Amigos da Vila Tronco, Amavtron; Paulo Jorge Amaral Cardoso, André Cristiano Alves Fortes, Coordenador Executivo do Projeto; a Flores e Camargo Ltda; a DAM, Assessoria em Teledifusão Ltda; Luiz Carlos Flores, Procurador da empresa Flores & Camargo; André Luiz Aurélio Matheus, o Daniel Aurélio Matheus e o Leandro Aurélio Vargas. Todos eles - diz a Promotora - têm que ressarcir os cofres públicos em R$ 121.341,00, referentes à contratação das empresas DAM Assessoria, Teledifusão Ltda, e Flores & Camargo. A Flores & Camargo, para lembrar os Vereadores, foi aquela que vendeu do alfinete, lantejoula, eletrodo, máquina de soldar, tinha um verdadeiro rancho de material, todos em uma única nota fiscal e não conseguiu comprovar o que foi feito. A DAM foi aquela que fez as filmagens por valores estratosféricos e que também não conseguiu mostrar. E a Promotora, em cima das nossas denúncias, agora disse que os réus vão ter que devolver esse dinheiro. E o Paulo Jorge disse que foram 35 alunos que se formaram, mas nos documentos constava que participaram das oficinas 603 mil atendimentos, 1.656 oficinas, e 35 alunos se formaram... Um desperdício do dinheiro público, mais de R$ 300 mil, e agora R$ 340 mil foram gastos. Essa é a transparência...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. MAURO PINHEIRO: ...Para concluir, porque o Ver. Márcio Bins Ely está nervoso com a transparência do seu Governo e vai ficar muito mais nervoso nos próximos dias, Ver. Márcio Bins Ely, mas essa é uma pequena demonstração da transparência. A Promotoria faz o relatório, a Juíza aceita e há onze pessoas que vão responder pelos recursos públicos. Com certeza, em mais uns dias, teremos outras pessoas respondendo pelo mau uso do dinheiro público em Porto Alegre. Esta é a transparência e o bom gasto do dinheiro público. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu jamais defenderia o indefensável, Ver.ª Sofia, como jamais falaria o “infalável”, como V. Exa. fala muitas vezes. Ver. Valter Nagelstein, quero cumprimentar V. Exa. pela grande convenção do PMDB que V. Exa. conduziu no sábado. Queria começar a dizer para que os colorados fiquem preocupados com a Ver.ª Sofia Cavedon porque ela vai querer cobrar a duplicação da Av. Beira-Rio, ela vai querer cobrar aquelas ruas ao redor do Beira-Rio, o viaduto que tem logo depois do Beira-Rio, ela vai querer cobrar dos colorados. E eu acho que essas são obras da Cidade, assim como a BR-448 que termina ali na Arena do Grêmio, o Governo Federal vai ter de fazer a parte dele ali, isso não é o entorno da Arena por causa da Arena, isso é da BR-448, Ver.ª Sofia, a senhora esquece. Ver. Mauro, acho que tudo o que a Justiça decide deve ser cumprido, mesmo que tenha embargos infringentes. V. Exa. não quer cumprir, não quer que os seus cumpram, e eu acho que quem for condenado tem que cumprir, estou de acordo. Só que V. Exa. começou falando em nove milhões, seis milhões, agora virou cento e vinte um mil. Acho que isso está bem.

Mas o assunto principal do dia, que queria trazer aqui, é um assunto nacional, Ver. Pedro Ruas: a Presidente da República com o Eike Batista e o Lula - mostrei a fotografia aqui -, que já tinham combinado essa entrega do pré-sal, mas a campanha do PT passou o tempo todo dizendo que os outros iam entregar o pré-sal - o PT está entregando hoje! Uma vergonha para o mundo todo, um leilão com o Exército na rua! Isso é o PT que está fazendo. O PT é incompetente para chamar investidores, incompetente para fazer uma licitação honesta sem audiência pública - Ver.ª Sofia, a senhora gosta tanto de audiência pública desde que seja para os outros, mas quando é para vocês, não querem! Quando é para entregar o Brasil, vocês não querem; quando é para fazer um leilão, vocês chamam o Exército! Isso é uma vergonha! Quando se fez privatização neste Brasil, fez-se falando: é privatizar. Vocês têm vergonha de falar em privatizar e fazem um leilão com o Exército na rua. Incompetentes e mal-intencionados! Isso é o PT! Isso é esse Governo entreguista, e ficam se queixando da espionagem americana, mas não precisa ninguém espionar, eles fazem as coisas em casa, inventam um leilão de um participante ou dois, só em que já se sabe quem vai ganhar. Se fosse um leilão honesto, não precisaria do Exército na rua; nem em 1964, Ver. Pedro Ruas, tinha esse aparato no Rio de Janeiro, não tinha! As pessoas que defenderam, que foram contra a revolução foram idealistas, pessoas do bem, lutaram com a alma e com idealismo, e o PT hoje está lutando com a força, como os milicos fizeram em 64, usando o Exército porque não tem coragem de mostrar o que é essa licitação, que não é licitação, isso é uma entregação do Pré-Sal que ainda não existe, o Pré-Sal que a presidenta já prometeu para a educação. Mas está prometendo o quê, se nem o leilão conseguiu fazer? Nem um leilão conseguem fazer sem ter o Exército na rua! Esse protesto nós devemos fazer, e nos envergonhar do leilão que está ocorrendo hoje. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Ver. Bernardino, na pessoa de V. Exa. quero cumprimentar os Vereadores e Vereadoras, o público que nos assiste nas galerias e na TVCâmara, senhoras e senhoras, especialmente as Vereadoras aqui, Jussara Cony, Sofia Cavedon e Mônica Leal, a quem presto uma homenagem ao nosso Outubro Rosa, e nossas Vereadoras que representam a mulher no Parlamento, a gente sabe o quão é importante o teste do câncer de mama.

Mas eu também não posso me furtar, quero cumprimentar o Ver. Idenir Cecchim, agradecendo aqui o tempo que me é cedido, nós que temos um rodízio ali no PDT dos períodos de Liderança, o Ver. Delegado Cleiton que me cede seu tempo, e quero falar um pouquinho a respeito deste lastimável leilão de Libra. Casualmente me surpreende aqui hoje, Ver. Mario Fraga, na mesma página do jornal, os dois assuntos que queria falar em Liderança aqui, quais sejam, o leilão de Libra e o tratamento do esgoto de Porto Alegre, o socioambiental. Casualmente é na mesma folha - obviamente não é na mesma página, um é página quatro e outro página 37, e nós temos ali o impasse entre Fepam e DMAE, que é um impasse que obviamente vem contrariar o interesse coletivo da Cidade, porque em função de um detalhe técnico, nós não podemos tratar 80% de esgoto da nossa Cidade, o que é incompreensível, Ver. Mario Fraga. Todos os esforços devem ser feitos, e eu quero vir a esta tribuna manifestar a minha indignação sobre uma obra que está pronta para funcionar, para termos esgoto tratado, para chegarmos a níveis de Primeiro Mundo, mas sobre a qual a Fepam não se entende com a DMAE. Então, a gente tem que vir à tribuna para não deixar passar em branco esse tipo de situação.

Já fiz as minhas considerações com relação ao leilão de Libra na semana passada. Eu acho isso uma vergonha para o País! Onde estão os nacionalistas do nosso País? Nós estamos entregando o nosso petróleo. Hoje é o dia do leilão, como bem falou o Vereador. Ainda bem que, pelo menos, não veio nenhum Vereador a esta tribuna defender o leilão.

Quero também registrar o ato festivo que houve na sexta-feira passada, Dia do Médico, em que estive representando esta Casa na Santa Casa de Misericórdia, em uma celebração ao milésimo transplante de fígado. Realmente, foi uma solenidade que emocionou muito quem lá esteve presente. Lá estava a primeira transplantada de fígado, a senhora Marilene. Há 22 anos foi feito o primeiro transplante. Estava também lá o transplantado número mil. Eu trago aqui alguns dados interessantes. Foram 36 anos de trabalhos até aqui: 3.535 transplantes de rim; 443 de pulmão; 55 de coração; 88 conjugados de pâncreas e rim; 6 de pâncreas e 1.064 transplantes de fígado. Acho que Porto Alegre está de parabéns por estar apenas atrás de São Paulo em números absolutos no que diz respeito aos transplantes. Foi feita uma homenagem àqueles médicos que faleceram em 1997, naquele trágico acidente de avião, quando estavam indo buscar órgãos no Interior do Estado. Realmente, a gente percebe aqui que a medicina tem avançado muito. Inclusive, hoje, no jornal, está um edital para concurso médico em porto Alegre chamando para uma série de especialidades. Nós, hoje, temos a cidade de Porto Alegre como uma referência na área médica. Então, pela passagem do Dia do Médico, sexta-feira, fica aqui o nosso registro.

Nos últimos segundos que me faltam, quero dizer que, realmente, essa questão que envolve o software livre, essa resposta que dá o nosso Governo - acho que também temos que elogiar aquilo que vai bem -, é inadmissível que até a Presidente Dilma esteja “grampeada”. Então, que bom que nós também estejamos buscando alguma alternativa na área da Internet, para que possamos ter um pouco mais de tranquilidade e segurança, no que diz respeito à segurança na área de Tecnologia da Informação.

Então, nesse sentido, o nosso Governo avança e dá uma resposta aos americanos, que até a Presidente Dilma conseguiram “grampear”, que dirá, nós, aqui, reles mortais.

Fica o nosso registro em Liderança, hoje, dessas pautas abordadas, temas relevantes, aos quais pedimos uma especial atenção. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Sr. Presidente, queria solicitar, juntamente com o Ver. Tarciso, o Ver. Brasinha, e tenho certeza de que com todos os Vereadores desta Casa, que se faça um minuto de silêncio pela morte trágica do atleta mirim do Grêmio, Josué Drewanz, ocorrida nesse sábado, por atropelamento, o que nos enche de muita tristeza.

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Deferimos o pedido.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Presidente, Vereadores, Vereadoras, a todos que nos assistem; Pedro Ruas, eu estive, há pouco, com o Coronel Melo, que é o diretor que cuida dessa categoria; estivemos na SMOV, com o Secretário Mauro Zacher, porque são mil crianças que passam ali pelo Cristal, há crianças de 10,11,12, 13 anos, que não se têm como controlar, quando eles resolvem ir para o shopping, é aquela loucura! E tu sabes que ali são seis pistas para atravessar, tem a sinaleira, mas dificilmente alguns têm a paciência de esperar. E as crianças de seis, sete anos geralmente vão acompanhadas dos pais, de um familiar. Então, estamos buscando o melhor ali para que não aconteça um desastre como esse, o que é lamentável.

Também quero dizer que a Ver.ª Séfora Mota convida para uma audiência pública para debater sobre a implantação do projeto Cartão Balada. É importante essa audiência pública. Acho que chegou o momento de nós participarmos mais, tanto as pessoas que gostam, como as que, como eu, não têm mais aquelas condições de antigamente de estar na balada, Ver. Bernardino. É importante que todos participem para que possamos ter uma ideia de que cidade nós estamos querendo para os nossos filhos, para os nossos netos e para nós mesmos, que moramos aqui.

Uma coisa que me chama muito a atenção é que poucos conhecem futebol, mas todo o mundo no Brasil é um treinador! Essa é a verdade! Difícil é para aquele que fica lá na beira do gramado. Eu não tenho carta para defender jogador, eu tenho 21 anos de carteira profissional assinada. Mas sempre se diz que o salário do jogador é um absurdo. É! Mas vocês já viram a máquina que paga esses salários? Vocês conhecem a máquina que paga salários de 500, 600, 700 mil para um jogador de futebol? E quantos jogadores de futebol ganham esses 500, 800, um milhão? Quantos jogadores de futebol ganham três salários mínimos, dois salários mínimos? Poucos conhecem essa realidade.

Não sou presidente de sindicato, mas estou aqui para defender o jogador. Atrás do jogador, tem gente que ganha milhões, e o torcedor não sabe disso. Porque quando tu chegas, Mônica, como no Gre-Nal de ontem, que o Souza tenta fazer o gol e não consegue – isso acontece com quem está lá dentro –, mas a minha avó fazia, o meu tio fazia, o meu avô fazia. O cara ganhando, Ver. Pedro Ruas, 700, 800 mil, tem que fazer esse gol. Assim é muito difícil, nós estamos indo para um caminho muito difícil: os jogadores dos dois times chegarem, darem as mãos e pedirem, implorarem à CBF um calendário de um ser humano... Esqueceram que o jogador de futebol é um ser humano, ele não é máquina! Aí começam as lesões, e, às vezes, muitos desses jogadores, Ver. Mauro Pinheiro, não voltam mais a jogar futebol profissional. Jogaram por quatro, cinco, seis anos e têm a sua carreira e o seu sonho interrompidos, porque muitos e muitos interesses estão por trás disso aí, Paulo. Pessoas que ganham milhões estão tomando o seu champanhe e jamais, Ver. Comassetto, vão ser vaiadas porque não entram lá no gramado. Então, é uma defesa, sim: nós precisamos prestar atenção no futebol, principalmente no futebol brasileiro.

As arenas estão se instalando aqui, e o caminho vai ser de um futebol... Não é aquele cara que vende um saquinho de leite para ir ver o futebol, porque ele não tem condições de comprar o pacote de uma televisão para assistir ao seu time, e também não tem condições de comprar ingresso para ir numa arena! Onde fica esse cara, que tem aquele amor pelo seu clube, pelo futebol? Nada contra ninguém, mas, daqui a pouco, o futebol vai ser da high society, e aí aquele futebol de amor, de paixão, de jogadores machucados, de salários... Uma loucura, como todos dizem. Então, chegou o momento de esse torcedor que ama o futebol, que ama o seu clube, começar também a gritar. Eu falei ontem em três mídias, antes do Gre-Nal: falei na televisão, falei nas rádios e falei sobre isso, que não é só entrar no campo e jogar futebol. Existe um sono antes, existe uma boa alimentação, existe o psicológico do jogador, tudo isso aí faz parte para o enfrentamento lá dentro da arena: nós, jogadores de futebol – na minha época também – estamos sendo jogados dentro da arena contra os leões. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Só quero fazer um reparo aqui: o que nós vamos ter amanhã aqui nesta Casa, na CEDECONDH, é uma reunião, porque audiência pública, senhoras e senhores – e aí serve também para os assessores –, tem todo um regramento. Então, não é audiência pública, é uma reunião aberta ao público que está sendo convocada para falar do projeto da Ver.ª Séfora Mota que trata do Cartão Balada.

A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, eu quero dizer nesta tribuna que não há nada como pertencer a um Partido que assume os seus compromissos, que debate internamente, como o meu Partido. Eu estou aqui, sim, para falar sobre o leilão. Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer que a reunião, nesse fim de semana, do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil tirou uma nota que é a sua posição oficial. Nós pertencemos a um governo que está fazendo o Brasil crescer, que resguarda a soberania nacional, e a nossa nota diz: “Explorar com soberania o Pré-Sal e aplicar sua riqueza no desenvolvimento do Brasil.” Eu estranho que o PMDB, Ver. Cecchim, é vice, seu Partido é vice, foi vice e continua sendo vice, faz parte do Governo. E, se o PSDB e o DEM são contra, então é bom para o Brasil! É bom para o Brasil! Vamos diferenciar aqui. Esse leilão é regime de partilha, 40% fica para o Brasil. O regime de venda, de entrega de Fernando Henrique das nossas estatais estratégicas a preço de banana era zero por cento para o Brasil!

Há um intenso debate entre as forças políticas, democráticas, patriotas, populares, e nós não nos furtamos a esse debate. O centro da controvérsia é o resguardo da soberania nacional sobre o Pré-Sal, patrimônio petrolífero do Brasil. Nós, do PCdoB, nos orientamos pelas diretrizes do nosso programa socialista e pelas teses do 13º Congresso, que está em pleno andamento. Nós temos necessidade de fortalecer o Estado nacional, as nossas empresas estratégicas com inovação de investimento público, sim, para explorar as riquezas nacionais e promover o desenvolvimento, mas nós temos a convicção de que, na atual etapa, é preciso agregar investimentos privados por mecanismos diversos, entre os quais, na área petrolífera, os contratos, não por concessão, mas por partilha.

Nós não somos, neste Governo, o Governo entreguista de direita, do PSDB, daqueles que entregaram a Nação brasileira. Esses contratos devem promover o desenvolvimento, resguardar a soberania, a qualidade do serviço e o direito dos trabalhadores. Nós buscamos, dentro do nosso Governo, levar essas questões, e temos tido vitórias importantes no debate interno do Governo. No âmbito do Governo e do Congresso Nacional, nós, comunistas, nos empenhamos para a instituição do marco regulatório para o Pré-Sal, baseado no sistema de partilha, que é mais apropriado para assegurar o interesse nacional nas áreas de incidência de jazida do óleo. Também nós, comunistas, trabalhamos pela criação do Fundo Social, que estabelece a destinação da riqueza do Pré-Sal para o desenvolvimento de áreas cruciais, como educação e saúde, e pela criação de uma empresa cem por cento estatal, a Pré-Sal S/A, para supervisionar a execução de todos os contratos na região do Pré-Sal. Nós, comunistas, lutamos com afinco para que a Petrobras se tornasse mais brasileira, com aumento na participação da União no capital social da empresa, uma vez que a maioria das suas ações pertence ao setor privado, em grande parte estrangeiro. Nós estamos dentro do Governo exatamente para contribuir com a Presidente Dilma com esses rumos que estão sendo dados. Nós mantemos a nossa coerência histórica de quem lutou pelo O Petróleo é Nosso.

O PCdoB entende que a exploração dessa nova riqueza, descoberta há sete anos, deve ser iniciada o mais rápido possível, e ressalta a necessidade da luta para aprofundar as medidas de Governo que resguardam, sim, os interesses nacionais. E estamos atentos também à vasta...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. JUSSARA CONY: ...estamos aqui chamando atenção para a vasta campanha que a mídia comprometida, conservadora tem feito contra o que ela chama de “intervencionismo estatal” no leilão de Libra. Claro, não querem que o Estado seja o que precisamos, um Estado forte que luta pela soberania nacional, um Estado que possa fazer o regime de partilhas e deter o controle desse regime para aplicar nos interesses nacionais.

O nosso comitê central delibera, finalmente, que sobre o assunto vai se pronunciar num amplo debate, aprofundando a discussão com toda a nossa militância e com os movimentos sociais para que o tema possa ser examinado sob todos os aspectos. Nós, do PCdoB, não nos furtamos a lutar pela soberania nacional, pelo desenvolvimento do País. E há um governo neste País, liderado pela Presidente Dilma, embora o Vice, o PMDB, se exclua de ser governo - parece que é só governo nas questões que lhe interessam, para as suas benesses. Mas temos uma Presidente, uma mulher que está lá firme na defesa da soberania nacional e do desenvolvimento. E se precisar ir às ruas, nós iremos para garantir essa soberania, e garantir que o petróleo continue sendo nosso, porque não temos nenhum senão. E que em determinado momento, sob a ótica e a batuta de quem está conduzindo este País, como deve ser conduzido, nós possamos fazer um regime de partilha para garantir a soberania deste País.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

(O Ver. Dr. Thiago assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, o nosso tema é outro, mas só quero registrar a posição do PSOL. Nós somos totalmente contra todos os termos desse leilão que está sendo realizado, agora, no Rio de Janeiro, aliás, já foi realizado em parte, lamentavelmente.

Registrando essa posição do PSOL, Ver. Garcia, trato de um tema especificamente da Cidade, um tema que acho que merece a reflexão de todos nós. A Rua Ramiro Barcelos, antiga via da Cidade, foi, aos poucos, mudando os seus limites. Hoje, ela é praticamente uma perimetral, porque a Rua Ramiro Barcelos vem lá da Av. Ipiranga e termina na freeway. Não era assim.

 

(Aparte antirregimental.)

 

O SR. PEDRO RUAS: Exatamente, eu não chamo essa rua por esse nome. Então, o que acontece? Aos poucos ela foi mudando os limites, Ver. Pujol, e chegou a ponto de ter um percurso de perimetral sem ter a estrutura de uma avenida perimetral. É importante - e eu tenho visto ali o risco de acidentes graves -fazer este alerta: a Rua Ramiro Barcelos está com uma velocidade superior ao que poderia ter uma rua nas suas condições, com tantos cruzamentos, com tantas possibilidades de acidentes como tem a Rua Ramiro Barcelos.

O segundo registro, também em termos de cidade, é em relação aquilo que falou, de certa forma, pouco o Ver. Tarciso e o Ver. Pujol, V. Exa. conhece muito bem a região, e o Ver. Mario Fraga também conhece ali. No BarraShopping, Ver. Mario Fraga, na relação com o outro lado da rua, que é justamente onde tem mais de mil crianças diariamente, incluindo finais de semanas, nos turnos das escolinhas das categorias do Grêmio, é muito arriscado, extremamente arriscado aquele cruzamento para pedestres. Não é admissível que não se tenha uma contrapartida, que é normal, do BarraShopping, de fazer uma passarela ali, porque é natural que as crianças e adolescentes queiram ir para o shopping e, do shopping, para o treino. É importante que se faça este alerta, porque é uma passarela necessária. Não é algo extraordinariamente caro, mas é extremamente diferencial, no que tange à segurança de crianças e adolescentes, uma passarela exatamente naquele trecho. Tantas outras obras na Cidade são milionárias, discutíveis, feitas para a Copa, e aquela ali, que diz respeito diretamente à segurança de nossas crianças e adolescentes, jamais é mencionada!

Eu quero deixar esses dois registros, tanto em relação à Rua Ramiro Barcelos quanto em relação àquela passarela necessária, em frente ao BarraShopping, e também a nossa contrariedade partidária com os termos da defesa desse leilão, que, para o Brasil, na sua história, é o que de pior acontece neste momento. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Professor Garcia está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, vou me deter ao tema da questão do Pré-Sal, rapidamente, mas eu fico surpreso ouvindo as falas, por exemplo, da Ver.ª Jussara Cony e a posição do PCdoB, e, olha, eu já estou há muitos anos aqui. A palavra que mais se ouvia do Ver. Carrion era os “neoliberais”, e parece que o PCdoB está ficando neoliberal. Não sei, mas foi o que eu ouvi. Uma coisa que eu aprendi na vida é que as pessoas podem, ao longo do tempo, mudar as suas ideias e as suas convicções à medida que, à frente da realidade, eles podem outro panorama. Agora, essa questão do Pré-Sal é uma... O PT hoje está provando o fel, aquele amargo que eles plantaram durante toda a vida. E o Ver. Cecchim foi muito feliz quando colocou que estão usando os mesmos artifícios da ditatura, ou seja, eram contra, e estão hoje colocando o Exército. Tenho uma filha que mora no Rio de Janeiro, na Barra, a quatro quadras de local, e dizem que está um inferno o Rio de Janeiro. Hoje é feriado, a praia está cheia e há correria naquele setor, para todos os lados, porque o Exército está todo lá, tem helicóptero e mais a Marinha na orla. Então, quer dizer, todos os aparatos das forças armadas foram utilizados.

Mas eu quero me deter a um outro tema, um tema local, porque eu acho que é uma preocupação que eu tenho e quero fazer um comentário. É em relação ao Campeonato Mundial de Atletismo Master, que está sendo realizado em Porto Alegre. Esse evento está trazendo mais de 10 mil pessoas. Podem ter certeza de que tem mais gente hoje do que vai ter na Copa. É um evento momentâneo, são cinco jogos; na Copa vai ter um dia em que vai vir um país, outro dia... Vai ser mutante, mas de maneira concentrada. Aconteceram alguns fatos, estão acontecendo... No fim de semana, tive a oportunidade de falar com o Secretário da EPTC, o Cappellari, que nos prometeu tomar algumas medidas. Por exemplo, por um táxi do Centro até o Centro Estadual de Treinamento Esportivo Menino Deus estavam cobrando R$ 80,00; por um táxi do CETE até a Sogipa, R$ 200,00. Quer dizer, não pode, gente! Olha, a gente sabe que em tudo que é lugar o turista é explorado, só que nós temos que ter, pelo menos, alguns padrões mínimos. O Secretário da EPTC nos prometeu, e eu pedi para ele, que pelo menos nos quatro locais de competição – no Centro Estadual de Treinamento Esportivo, na Sogipa, na ESEF, que é da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e na PUC –, colocassem “azuizinhos” para que, pelo menos quando chegasse um táxi, eles poderiam identificar se estava ligado o taxímetro, qual o preço que estava sendo cobrado, porque, na Cidade como um todo, não pode.

Ontem, por exemplo, levei o meu neto, junto a minha esposa, e nós fomos passear de catamarã em Guaíba, fomos almoçar, e tinha mais de uma centena de atletas estrangeiros lá, usufruindo, porque isso faz parte, isso é a questão do turismo. Também nos restaurantes há dificuldade de comunicação, dificuldade da língua, porque as pessoas não sabem... Então, o que eu peço – temos mais uma semana –, primeiro, é que não explorem esses turistas, porque eles serão os maiores propagandistas de Porto Alegre, porque quem vai a qualquer lugar, gosta dele e divulga-o traz outras pessoas. Nós queremos que essas pessoas voltem sempre, então, temos que ter essa responsabilidade.

E, em segundo lugar, se esse é o exemplo do que nós vamos ter na Copa, estamos péssimos! Ninguém domina outro idioma, os nossos restaurantes com cartas e cardápios somente em Português, com raras exceções; os novos taxistas devem estar mais preparados... Na realidade um ou outro, mas quem fica mal é toda a categoria. E nós sabemos que são raríssimos os casos, mas está acontecendo com um ou outro taxista de maneira inadvertida . As pessoas vêm a Porto Alegre para competir, e esse esporte do Master tem uma vantagem, as pessoas trazem a família. Então une a questão desportiva...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: ...Obrigado, Vereador. Então, as pessoas vêm, fazem a parte desportiva, unem a questão lúdica do lazer, da recreação, do turismo, do entretenimento, e aqui estão sendo vítimas.

Portanto, eu peço que a EPTC continue, ainda esta semana, de forma mais atenta, que o próprio Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Porto Alegre fique atento e ajude na contribuição. E que, tão logo termine esse evento, a cidade de Porto Alegre com o Estado do Rio Grande do Sul – porque esse evento é organizado pelo Estado do Rio Grande do Sul – possam sentar, avaliar e tomar novos rumos para que possamos minimizar essa situação para a Copa do Mundo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu só acredito, porque a informação veio desta tribuna e é do Professor Garcia. É inacreditável que esteja ocorrendo esse fato. E, se o Professor Garcia nos traz a informação, é porque ela está ocorrendo. Cobrar esse absurdo por uma viagem do Centro da Cidade até a Sogipa, R$ 80,00, em um táxi não é mais um problema só da EPTC, é de Delegacia de Polícia, é de toda ordem, é de Delegacia de Defesa do Consumidor. Isso é um crime horrível, que está sendo praticado, e não só merecer o protesto veemente, que foi feito aqui da tribuna pelo Ver. Professor Garcia, como também urgente medida. Não pode passar incólume esta situação. Aliás, ultimamente, a gente vive nesta Cidade, neste Estado, neste País, um momento de paradoxo. O próprio Professor Garcia iniciou o seu pronunciamento dizendo que não entendia mais nada a respeito do que está acontecendo hoje, lá na Barra da Tijuca, sob a mais ampla proteção do Exército Nacional, da força pública do Estado de São Paulo, da Polícia Federal, enfim, de Deus e o mundo, que estão protegendo esse ato fantástico promovido pelo governo federal, pelo governo da Dra. Dilma, que está realizando o maior dos esforços possível para atrair interessados na partilha do Pré-Sal, não como uma estratégia de desenvolvimento do País, mas, confessadamente, porque o governo brasileiro precisa desesperadamente atrair dólares, a fim de fechar suas contas até o final do ano e não entrar no ano eleitoral em déficit absoluto; esse mesmo governo que já quebrou a Petrobras, que teve o seu endividamento triplicado nos últimos anos, endividamento inclusive externo, num paradoxo, Ver. Paulo Brum, incompressível, porque, nesse meio tempo, o Brasil detém, Ver.ª Fernanda Melchionna, V. Exa. que gosta desses números, mais de US$ 220 bilhões em títulos do Tesouro americano sob a guarda do Tesouro Nacional. Ora, que beleza, que força do País! Estamos financiando a recuperação americana, comprando títulos que nos pagam um pouco mais do que 2% ao ano, enrolando-os aqui no mercado interno, onde pagamos cerca de 15 a 20% ao ano de juros. E quem paga isso, Ver. Paulo Brum, senão o povo brasileiro, ultra-asfixiado numa carga tributária insuportável, que paga tudo para que esse festival continue?

Ora, eu não sou incoerente, mas jamais faria esse negócio de entregar o Pré-Sal para quem vai ser entregue, para tapar furo de orçamento. Ou eu faria um negócio pelo desenvolvimento nacional e não me assustaria a participação de estrangeiros, desde que eles viessem para cá aportar recursos para que o desenvolvimento nacional pudesse ser alcançado com mais brevidade para que se vencesse a carência de emprego que este País tem, para que, enfim, saíssemos da situação de modorna em que nos encontramos atualmente. Mas não, isso tudo que está sendo feito, a incoerência das incoerências! O País que acusava o governo que eu apoiava de ser vendedor deste País entrega o Pré-Sal, que só foi conquistado, neste País, porque o governo dos militares bancou as 200 milhas territoriais...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: ...que fizemos isso tudo para preservar a riqueza nacional, agora temos que aceitar pacificamente que se torre esse que seria o lance do Brasil para a modernidade, que se torre para se pagar a dívida pública, para se pagar o déficit público em que o País está assolado.

Então, esse é o paradoxo nacional dos dias atuais. Não fique braba, minha querida Ver.ª Jussara Cony, que deu vibrantes discursos da solidariedade do PCdoB ao Governo Federal; ela, pelo menos, tem a coragem de assumir, não é como o resto dos apoiadores, que cruza os braços. Todo mundo quer estar nesse governo da Dilma, mas ninguém está aqui para explicar essa barbaridade, esse crime que a economia nacional está vivendo nos dias atuais. Era isso, Sr. Presidente, que eu queria falar, com muita tristeza.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(A Ver.ª Sofia Cavedon assume a presidência dos trabalhos.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra em Tempo de Presidente.

 

O SR. DR. THIAGO: Obrigado, Ver.ª Sofia Cavedon. Só gostaria, de forma sucinta, de poder me dirigir ao conjunto dos colegas, ao conjunto da Casa para basicamente informar que assinamos hoje um protocolo de cooperação técnica entre a TVCâmara Municipal, a TVAssembleia Legislativa, Ver. Cecchim, e a Câmara Federal. O objetivo é dar ao canal aberto um dinamismo e uma autonomia maior. Como todos sabem, já atingimos 2,5 milhões de gaúchos, mais de 58 Municípios da Região Metropolitana, Vale dos Sinos, Taquari, Paranhana, Serra e Costa Doce. E, a partir desse redimensionamento, nós caminhamos para um novo tempo, Ver. Cecchim, um tempo de interatividade, a partir da tv digital em canal aberto, a partir do momento em que as pessoas tiverem acesso a esses equipamentos. Estamos negociando essa questão. Vamos ter a presença, hoje à tarde, do Deputado Paulo Ferreira, da Dona Sueli, que coordena a parte de comunicações da Câmara Federal, e do Deputado Pedro Westphalen, e, com a presença deles, vamos poder ter também a interatividade no canal da TVCâmara Porto Alegre. A partir do momento em que o Vereador se colocar nessa tribuna, caminhamos para que as pessoas em casa possam acessar, clicando no botão de controle, o número de presenças desse Vereador, os projetos que esse Vereador tem tramitando, os projetos que esse Vereador já teve aprovados. Vamos ter também a possibilidade de que as pessoas possam ter acesso ao resumo do depoimento desse Vereador e ao resumo do que foi tratado na Sessão Legislativa. Então isso vai possibilitar acesso à informação, e, a partir do mesmo controle remoto, as pessoas em casa vão poder interagir com o Vereador. Nós sabemos que a Internet, hoje, atinge grande parte da população, mas, sem dúvida nenhuma, as perspectivas mais audaciosas dela apontam para que 60%, 70% da população em um período de dois anos, Ver. Marcelo, possam ter acesso à Internet. Mas a televisão atinge os lares de todos os porto-alegrenses, praticamente 100% das casas em Porto Alegre têm acesso à tevê e terão acesso à tevê digital, então, a partir dali eles terão as informações dos Vereadores, frequências, projetos, faltas, e poderão interagir com os Vereadores, mandar mensagem em tempo real, vão poder desta forma participar das nossas sessões legislativas com mais interatividade. Acho que caminhamos a passos largos para uma modernização ainda maior a partir da TV Câmara. Essa conquista é de todos nós, mas queria de forma muito fraterna dividir com todos os meus colegas. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Dr. Thiago reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 0107/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 005/13, de autoria da Verª Fernanda Melchionna e do Ver. Marcelo Sgarbossa, que proíbe a utilização de tecnologias de incineração no processo de tratamento e destinação final de resíduos sólidos urbanos provenientes da coleta convencional, bem como a concessão pública para empreendimentos que promovam o aproveitamento energético a partir dessas tecnologias. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 2143/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 029/13, de autoria do Ver. Engº Comassetto e outros, que institui o Sistema de Gestão Pública de Transporte Urbano, compreendendo a gestão do Fundo Público de Transporte Urbano (FPTU), o Sistema Integrado de Bilhetagem de Transporte Urbano (SIBTU) e os instrumentos de transparência e controle social, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 2162/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 251/13, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que inclui art. 23-A na Lei 10.199, de 11 de junho de 2007 – Estatuto do Pedestre –, e alterações posteriores, dispondo sobre a aplicação de 80% do montante arrecadado com multas de trânsito em políticas públicas para quem anda a pé.

 

PROC. Nº 2284/13 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 006/13, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que altera o § 2º do art. 179 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, dispondo sobre o provimento de meios para que as escolas municipais, progressivamente, funcionem em turno integral.

 

PROC. Nº 1777/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 187/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina Rua Fernando Bueno Praça o logradouro público cadastrado conhecido como Estrada Um – Loteamento Parque São Paulo.

 

PROC. Nº 2049/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 017/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que inclui als. i e j no inc. II do art. 15 da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, dispondo sobre atribuições da Mesa quanto ao Orçamento Plurianual.

 

PROC. Nº 2442/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 276/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que inclui a efeméride Dia dos Operados Bariátricos no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, no dia 11 de novembro.

 

PROC. Nº 2639/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 034/13, de autoria do Ver. Guilherme Socias Villela, que altera o inc. IV do art. 3º e inclui inc. XXV no art. 17 da Lei Complementar nº 369, de 16 de janeiro de 1996 – que dispõe sobre a implantação do Sistema Municipal do Meio Ambiente (Sismam), do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comam), sobre a Política Municipal do Meio Ambiente e dá outras providências –, ampliando o rol de competências desse Sistema e o rol de instrumentos dessa Política.

 

PROC. Nº 2837/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 318/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Ayrton Senna o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Um – Loteamento Ello Dourado –, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.

 

PROC. Nº 2938/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 338/13, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que denomina Rua César Henrique Rodrigues dos Santos o logradouro não cadastrado conhecido como Rua H – Vila Vargas –, localizado no Bairro Agronomia.

 

PROC. Nº 2949/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 044/13, de autoria da Mesa Diretora, que altera o inc. VIII e o § 6º do art. 1º e o caput e o § 2º do art. 14 da Resolução nº 1.367, de 2 de janeiro de 1998 – que reorganiza os serviços administrativos da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências –, e alterações posteriores, alterando para Serviço de Atividades Complementares e Seção de Obras e Manutenção as denominações da Diretoria de Atividades Complementares e do Serviço de Obras e Manutenção, respectivamente, e revogando dispositivos dessa Resolução.

 

PROC. Nº 2977/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 039/13, que cria 106 (cento e seis) cargos de Técnico em Enfermagem e extingue 106 (cento e seis) cargos de Auxiliar de Enfermagem, na Administração Centralizada, constantes na Lei n 6.309, de 28 de dezembro de 1988 – que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Administração Centralizada do Município, dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, venho à tribuna para fazer referência a dois Projetos de Lei que entendo oportunos e importantes que sejam referendados por nós como iniciativas que vão contribuir sobremaneira com a Cidade e com o coletivo da nossa comunidade porto-alegrense. O primeiro deles, Projeto de Emenda à Lei Orgânica, inclusive precisa de quórum qualificado – corrija-me a nossa Diretoria Legislativa se eu estiver enganado –, de autoria do Ver. Clàudio Janta, dispondo sobre o provimento de meios para que as escolas municipais, progressivamente, funcionem em turno integral. Acho que é público e notório, é sabido que o nosso sempre Governador Leonel Brizola foi um daqueles homens que protagonizaram, um dos maiores construtores de escolas. Ele até brincava conosco, dizendo que queria se inscrever no Livro dos Recordes por ter construído, Ver. Pujol, mais de seis mil escolas no seu Governo, no Rio Grande do Sul. Então, nós sabemos o quanto é importante a escola de turno integral, turno inverso, para a criança poder ter ali suas refeições, ter a prática esportiva, ter o acolhimento da escola para a sua formação. Essa sempre foi e sempre será uma bandeira do trabalhismo, do PDT, e nós queremos então aqui endossar essa iniciativa do Ver. Clàudio Janta e dizer que tudo aquilo que se somar no sentido de protagonizarmos uma política pública propositiva, no sentido de viabilizar o turno integral, vai ter o respaldo da Bancada do PDT. Tenho certeza aqui que falo em nome dos seis Vereadores que integram a nossa Bancada, o nosso Presidente, Dr. Thiago, Delegado Cleiton, Luiza Neves, Mario Fraga e Nereu D’Avila e este que vos fala. Este é um projeto que tramita em 1ª Sessão de Pauta que, sem dúvida nenhuma, vamos estar priorizando e, nas Comissões, vamos pedir para que ele seja agilizado para, o quanto antes possível, possamos aprovar.

Outro projeto também, agora do Executivo, que cria 106 cargos de Técnico em Enfermagem e extingue outros 106. Sabemos há bastante tempo que há uma questão a ser corrigida, uma carência muito grande na parte da enfermagem no Município. Que bom que o Executivo, então, consegue uma ferramenta legal, através de uma iniciativa de lei, está corrigindo essa situação e dando guarida para essa mais de uma centena de profissionais da área da saúde para que possamos estar corrigindo eventuais distorções que possam subsidiar um discurso que infelizmente inviabilize a pratica desses profissionais. Então, através desse projeto de lei, vamos corrigir essa situação. Tenho certeza, se não me engano, me corrige o Presidente, de que este projeto deve ir para as Reunião Conjunta das Comissões na quarta-feira, com o parecer das Conjuntas aprovado, cumprindo as três sessões de Pauta, nós vamos poder, quem sabe ainda no final de outubro ou início de novembro está regularizando esta situação e aprovando este projeto de lei. Com relação ao período de Pauta e com relação às considerações que entendi oportuno estarem sendo feitas hoje, Presidente Thiago, esses são os dois projetos de lei que quero citar. Já com relação ao projeto de lei de autoria do Ver. Sgarbossa que inclui o Estatuto do Pedestre e alterações posteriores, dispondo sobre aplicação de 80% do montante arrecadado com multas de trânsito em políticas públicas para quem anda a pé quero dizer que o nosso Governo foi protagonista de um projeto de lei, aquele da mãozinha - está aqui o Secretário Clóvis - tentando instituir, a exemplo de Brasília e outras cidades no Brasil...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: ...tentando a conscientização: o pedestre estende a mão na faixa de trânsito, e o motorista para para que o pessoal atravesse a rua. Então acho que essa questão da conscientização no trânsito, não só da bicicleta, mas também do pedestre, Ver. Sgarbossa, vem a somar para o nosso Município. Essas são as nossas considerações para hoje, Presidente. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, a Pauta agasalha um bom número de projetos de lei que estão em tramitação; como a maioria deles está em 1ª Sessão, vou me ater mais objetivamente aos três que se encontram em 2ª Sessão, que é o Projeto de Resolução do nosso ilustre Presidente, que concede o Diploma de Honra ao Mérito ao Núcleo Comunitário e Cultural do Belém Novo, o que não merece reparo algum, e os dois últimos de origem do Executivo, sendo o primeiro deles o que dispõe sobre os procedimentos para supressão, transplante ou poda de espécimes vegetais no Município de Porto Alegre e que revoga vários dispositivos dentre os quais alguns decretos que, até agora, estão regulando esta matéria. Eu tive o ensejo, na última Sessão Ordinária, que ocorreu na última quinta-feira, de fazer os primeiros reparos a esse projeto, que ingressou na Casa no dia 10 do corrente mês, Ver. Pedro Ruas, seguramente há dez dias. Já está concertado que ele será objeto de exame das Comissões Conjuntas, na quarta-feira, com o propósito de ser votado ainda este mês. Eu quero, com sinceridade, dizer das minhas preocupações quanto a essa matéria. Eu tive o ensejo de verificar isto. São várias laudas que compõem esse projeto de lei, cada uma disciplinando no detalhe esses fatos enunciados na sua ementa, isto é, a poda, o replantio, o transplante, enfim, tudo aquilo que diz respeito à cobertura vegetal na cidade de Porto Alegre, sabidamente a Capital deste País com maior número de árvores plantadas.

Eu sou temeroso daquelas coisas boas que se quer fazer muito apressadamente. No afã de fazer logo as coisas boas, a gente acaba fazendo algumas coisas não tão boas assim, às vezes, algumas até prejudiciais ao próprio objetivo da pretensão inicial. Por isso estou fazendo aqui da tribuna um alerta a Casa, e faço de coração aberto e de forma muito transparente. Não vejo razão alguma para que esse projeto tivesse sido colocado na urgência em que foi colocado, inversamente a outros projetos que estão aqui há 60, 90, 120 dias, outros um tanto mais, e que serão objetos, na quarta-feira, dentro da Reunião Conjunta das Comissões, esse não se inclui nesse fato. Por isso eu tomarei a precaução de, entre hoje e a próxima quarta-feira, mesmo após ter conhecimento do parecer que o nosso competente companheiro de jornada, Ver. João Carlos Nedel, irá fazer, mesmo depois de lê-lo, de verificar, num esforço especial, buscando no detalhe os eventuais riscos que a matéria possa ter, e se tanto for a minha confirmação dos temores que tenho manifestado da tribuna, se eles vierem a ser confirmados integral ou parcialmente, eu não terei dúvida nenhuma de repassar essas minhas preocupações, já então como um alertamento à Casa como um todo, e procurar evitar que a pressa, mais uma vez, seja inimiga da perfeição. Obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, o nosso projeto, Fundo Público de Transporte Urbano - FPTU, de controle público da bilhetagem eletrônica, Ver. Sgarbossa, que a Bancada do Partido dos Trabalhadores elaborou durante o primeiro semestre, a partir dos grandes debates que esta Cidade viveu com as mobilizações em torno do custo da passagem, entra em Pauta neste momento. E, vejam, já são quatro meses do Protocolo, a Casa está com uma produção muito grande, e esta primeira parte está demorando, e a população já deve estar achando estranho. Nós apresentamos o PLCL nº 029/13 em junho, na efervescência do mês de junho. E o que quer o projeto? Ele quer responder aos anseios de transparência e de controle público da política pública de transporte da Cidade, porque há uma queixa muito grande sobre a qualidade e a inadequação das linhas, combinados com o custo da passagem, as longas esperas, o não cumprimento das tabelas, a ausência de atendimento, como é o caso da Restinga. A nossa última audiência pública da Comissão, no Instituto Federal Restinga, foi dramática, com os depoimentos que os debates propiciaram sobre a dificuldade de mobilização e de deslocamento nos bairros da Região Sul e Extremo-Sul, por exemplo. Mas, se nós formos aos bairros Lomba do Pinheiro e Partenon, vamos ver que a situação é muito semelhante.

Então há uma defasagem enorme do sistema de transporte público e as tabelas previstas em relação a uma atualização necessária, decorrente do grande fluxo do trânsito da Cidade, do deslocamento da população: no caso da Zona Sul, um grande deslocamento para condomínios; no caso da Lomba do Pinheiro, uma afluência nova provocada por condomínios, por empreendimentos Minha Casa, Minha Vida; e a Zona Norte, Ver. Mauro Pinheiro – que mora lá –, uma zona de trabalhadores que sofrem demais com o atendimento dos ônibus. Então a nossa Bancada, buscando que a Prefeitura, e, a partir dela, a população tenha mais controle, propõe dois mecanismos fundamentais no controle dessa qualidade, que vão repercutir e incidir sobre o preço da passagem: que a bilhetagem eletrônica, cujo sistema, hoje, é controlado, alimentado pelo sindicato das empresas privadas, venha para o controle e para a alimentação pública, da Prefeitura de Porto Alegre. E o projeto propõe, Ver. Pujol – que ouve com atenção –, que o fundo arrecadado na compra dos Tris, na compra antecipada de todas as passagens, também seja gerido de forma pública e repassado a quem presta o serviço, mas com o controle da Prefeitura, com a representação do permissionário e com a representação do conselho de representantes. O nosso projeto incide também sobre o Comtu – Conselho Municipal de Transporte Urbano, que prevê uma paridade entre a representação da Prefeitura, a representação de entidades que se articulam na área, sejam elas de empresas de ônibus, sejam elas representativas dos usuários, como as centrais sindicais, o Comathab ou as entidades de moradores, então uma tripartite, na verdade, não uma paridade. Tripartite: governo, entidades elegem entre si, e membros diretamente propostos, eleitos pelos usuários do transporte coletivo. Obviamente que a proposição aqui da mudança do Comtu, Vereadores Mauro e Sgarbossa, é para ser regulamentada, mas a gente propõe o princípio da representação desse segmento. Então, é uma contribuição da nossa Bancada para o controle público, para a melhoria do transporte público na cidade de Porto Alegre.

(Não revisado pela oradora.)

(A Ver.ª Luiza Neves assume a presidência dos trabalhos.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Luiza Neves): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. DR. THIAGO: Eu me inscrevi para a discussão do Projeto de Lei do Executivo nº 039/13 que cria 106 cargos de técnico de enfermagem e extingue os de auxiliares de enfermagem. Queria falar sobre isso e destacar a importância desse projeto, uma vez que existem locais estratégicos no Município que nós temos o serviço limitado, inclusive alguns estão fechados como o Hospital Presidente Vargas, nós temos lá a UTI Neonatal do Hospital Presidente Vargas que teria a possibilidade de atender mais de vinte e seis pacientes, e hoje atende quinze, nós temos a UTI Pedriátrica do Hospital Presidente Vargas que teria a possibilidade de atender vinte pacientes e hoje atende dez. Nós temos a Emergência Pediátrica do Hospital Presidente Vargas que tem os seus leitos de observação, hoje, fechados, que são em número de vinte. Só para citar o exemplo específico do Hospital Presidente Vargas. Então, eu quero saudar, quero dizer que foi uma luta e uma conquista dos profissionais, dos Técnicos de Enfermagem do Concurso nº 470 que vieram a esta Casa, com a participação de diversos Vereadores, de diversas Comissões, de diversos parlamentares, que conseguiram, depois desse grande apelo à sensibilidade, a criação desses cargos que vão ser muito importantes na assistência à Saúde no Município de Porto Alegre. Então, eu quero dizer que fico bastante esperançoso quando vejo medidas como essas, Ver. Reginaldo Pujol, dentro da legalidade, que primam pela oportunização de que profissionais de carreira, com sua situação regular no País, possam exercer a sua atividade. Quero destacar um outro projeto que deve estar indo para Pauta, que é o projeto que vai tentar disciplinar - não é um projeto pronto e acabado -, mas vai tentar disciplinar o agendamento para tratamento do câncer e as marcações de consultas especializadas pelo SUS na cidade de Porto Alegre. Uma outra grande dificuldade que se tem no Município, hoje, à medida que nós olhamos para os grandes hospitais da Cidade, e falo em especial sobre a Santa Casa, e cito como exemplo o HPV, que têm períodos, Ver. Pedro Ruas, de bloco ocioso, e o paciente com câncer não consegue acessar esses hospitais.

Então, é um projeto singelo, com apenas dois artigos, sendo que o primeiro diz que fica estabelecido que os hospitais com serviço de referência em diagnóstico e tratamento para o câncer pelo SUS, em Porto Alegre, deverão ter agendamento direto com os pacientes. É a mesma questão da discussão toda que é feita na forma de pagamento, e que foi feita com a questão da Boate Kiss. Então, não se pode, num prédio, incendiando, perguntar se as pessoas pagaram as suas contas ou não. Assim como não se pode exigir que um paciente com câncer, com diagnóstico feito de câncer, fique aguardando duas ou três semanas em uma unidade de saúde, ou um mês ou dois meses, e chegue inoperável ao hospital, e é isso que tem acontecido nesta Cidade. Tivemos, sexta-feira, uma reunião na Amrigs, em que o médico do Santa Rita, responsável pela residência na oncologia do Santa Rita, dizia-me isto: “Thiago, os pacientes aqui têm endoscopias, às vezes, de seis meses, e, quando chegam aqui, seis meses depois, eles são inoperáveis. Então, nós estamos, muitas vezes, transformando doenças curáveis em incuráveis, por causa da burocracia, e nós não podemos admitir esse tipo de coisa”.

No seu segundo artigo, esse projeto diz que fica estabelecido que a Central de Marcação de Consultas, ou setor similar que desempenha essa função na Secretaria Municipal de Saúde, terá até sete dias para reagendar, consultar e marcar o exame do paciente que for encaminhado para local indevido, ou que não for atendido por serviços de referência anteriormente agendados. O que acontece? Os pacientes têm ido para a Central de Marcação de Consultas, são agendados para locais impróprios, porque, efetivamente, as pessoas que acabam trabalhando com esse agendamento não têm a capacidade e a propriedade adequada para fazê-lo. Então essa responsabilidade não é do postinho, do posto de saúde, essa responsabilidade tem que ser dada ao serviço de marcação centralizado da Secretaria Municipal de Saúde. E, a partir disso, estamos acolhendo as sugestões de todos os colegas Vereadores, para que essa agrura da consulta especializada possa se transformar em uma diminuição de sofrimento e não ampliar o sofrimento dessas pessoas que esperam pelo seu tratamento do câncer. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Dr. Thiago reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Visivelmente, não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h32min.)

 

* * * * *